Estratégia cutting: conheça melhor e saiba como fazer de forma saudável

Muitas pessoas têm a vontade de perder peso, mas não querem perder qualquer tipo de peso. O objetivo na maioria dos casos é abrir mão da gordura corporal, responsável pelo excesso de gordura presente em todo o corpo (como braços, barriga e pernas), mas manter a massa muscular.

Para alcançar esse objetivo, o consumo de whey isolada ajuda, mas não basta. A pessoa pode recorrer a estratégias específicas para esse fim, como a chamada estratégia cutting. Mas como ela funciona, quais alimentos podem ser consumidos nela e que cuidados a pessoa deve ter? Entenda melhor sobre este assunto no texto abaixo.

O que é estratégia cutting?

Essa é uma estratégia alimentar que tem o objetivo de perder peso a partir do máximo de perda possível de gordura corporal, mas com perda mínima de massa muscular. Geralmente, é uma estratégia muito utilizada por atletas do fisiculturismo, após eles terem passado pelo bulking (que é um método para ganhar peso e massa muscular).

Contudo, não se engane: essa estratégia também pode ser feita por pessoas que não são fisiculturistas, mas querem alcançar uma definição muscular. Dessa forma, o cutting visa a perda do excesso de peso, mas sem abrir mão da massa muscular. Para isso, a estratégia é baseada no déficit calórico, ou seja, a pessoa gasta mais calorias do que consome durante o dia, obrigando assim o corpo a utilizar as reservas de gordura.

Quais os alimentos ingeridos na estratégia cutting?

De uma maneira geral, os especialistas explicam que a quantidade a menos que será ingerida por dia na dieta da pessoa irá depender de alguns fatores. Entre eles, estão a idade, as atividades físicas praticadas e outras características do paciente. No entanto, na média, essa restrição é de 300 calorias a menos do que é gasto diariamente pela pessoa.

Para compor essa estratégia, utiliza-se bastante alimentos com menor densidade energética. Eles são aqueles que podem ser consumidos mais já que eles possuem menos calorias. Nesse quadro, entram os alimentos com carboidratos de baixo índice glicêmico, os com pouca gordura e as frutas.

No primeiro grupo, entram alimentos como tomate, brócolis, batata-doce e mandioca. As proteínas com pouca gordura podem ser encontradas no filé de peito de frango, peixes, ovos e cortes de carnes bovinas magras. Já os exemplos de frutas incluem mamão, morango e frutas consumidas com casca, como pera e maçã.

Importância do consumo das proteínas

Na estratégia cutting, também é importante ter uma ingestão adequada de proteínas na dieta. Essa ingestão auxilia na perda de gordura e também influencia no metabolismo, reduzindo o apetite e mantendo a massa muscular. Inclusive, o consumo de proteína dentro dessa dieta deve ser maior do que se a pessoa estiver tentando manter o peso ou mesmo ganhar massa muscular. Isso é resultado de uma atividade física mais intensa, como musculação, que, com menos calorias, aumenta a necessidade de consumir proteínas.

Segundo estudos científicos, o recomendado é que a ingestão de proteínas seja de 2 a 3 gramas por quilo de peso corporal dentro dessa estratégia. Para exemplificar, caso a pessoa pese 80 Kg, isso quer dizer que o seu consumo de proteína por dia deve ser entre 160 e 240g diariamente.

Quais os cuidados necessários para essa estratégia?

Apesar de apresentar benefícios para a pessoa, é preciso tomar alguns cuidados. Os especialistas lembram que o organismo humano é feito de macro e micronutrientes, como cálcio, zinco, ferro, entre outros. Portanto, adotar a estratégia cutting por um longo período pode fazer com que a pessoa tenha o consumo inadequado de alimentos que sejam ricos nesses micronutrientes. Como resultado, a pessoa pode ficar com anemia, além de haver a diminuição da produção hormonal.

Além disso, uma estratégia cutting muito restrita pode ter outras consequências indesejadas. Dores de cabeça, estresse, mal-estar e até mesmo queda de cabelo podem ser efeitos de uma dieta feita sem a devida moderação. Assim, é imprescindível que essa estratégia seja feita com ponderação e o devido acompanhamento de um nutricionista, que será capaz de orientar a pessoa adequadamente.